sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O que é um portefólio?

O portefólio realizado a nível da educação tem  com o objetivo acompanhar o desenvolvimento de todos alunos. É um registo muito importante porque faz com que pais e professores acompanhem o desenvolvimento das alunos, para poder controlar e verificar os conhecimentos adquiridos.
É um instrumento de identificação da qualidade do ensino-aprendizagem mediante a avaliação do desempenho do aluno que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos alunos, durante um curso ou disciplina.
Ajuda os estudantes a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho e desempenho, articulando-se com a trajectória do seu desenvolvimento profissional, além de oportunizar a documentação e registo de forma sistemática e reflexiva. Através dos portefólio, o professor instaura o diálogo com cada aluno de forma individualizada, pois os alunos 
devem sempre estar com os portefólio consoante o que se dá nas aulas.





Estrutura do sermão


Estrutura do sermão de Santo António aos Peixes

Atendendo a que o Padre António Vieira teve o cuidado de declarar que dividia o sermão em duas partes (início do Cap. II), o que se verifica é a existência de dois diferentes momentos de exposição e dois diferentes momentos de confirmação.

Assim, temos o primeiro momento de exposição no Cap. II, momento em que fala dos louvores dos peixes em geral, seguindo-se a respectiva confirmação, no Cap. III, com os louvores em particular (peixe de Tobias, rémora, torpedo e quatro-olhos). O segundo momento de exposição surge no Cap. IV, ao falar da repreensão dos vícios em geral, seguindo-se a respectiva confirmação, no Cap. V, com as repreensões em particular (roncadores, pegadores, voadores e polvo).
Exórdio - cap.I
A partir do conceito predicável "vós sois o sal da terra": "Santo António foi sal da terra e foi sal do mar."

Exposição e Confirmação - cap. II a V

"(...) para que procedamos com alguma clareza, dividirei, peixes, o vosso sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos vícios."

LOUVORES EM GERAL - cap. II (1.º momento da Exposição)
a) "ouvem e não falam"
b) "vós fostes os primeiros que Deus criou"
c) "e nas provisões (...) os primeiros nomeados foram os peixes"

LOUVORES EM PARTICULAR - cap. III (1.º momento da Confirmação)





















REPREENSÕES EM GERAL - cap. IV (2.º momento da Exposição)
a) "(...) é que vos comedes uns aos outros."
b) "Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos."
c) "Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande."

REPREENSÕES EM PARTICULAR - cap. V (2.º momento da Confirmação)



















Peroração - cap. VI
"Com esta última advertência vos despido, ou me despido de vós, meus peixes. E para que vades consolados do sermão, que não sei quando ouvireis outro, quero-vos aliviar de uma desconsolação mui antiga, com que todos ficastes desde o tempo em que se publicou o Levítico."

Quadros das repreensões e qualidades dos peixes retirados de : 
http://www.slideshare.net/pausapracafe/sermo-de-santo-antnio-aos-peixes-estrutura

Nota :
Os conceitos predicáveis são expressões retiradas das Sagradas Escrituras que enceram uma determinada verdade que vai servir de mote ao sermão. 

Vida e Obra de Padre António Veira

De família modesta e neto de uma mestiça, António Vieira nasceu em Lisboa, em 1608. Partiu, juntamente com os pais, para o Brasil com seis anos de idade. Estudou no colégio dos Jesuítas, em Salvador da Baía, e em 1623 iniciou a vida religiosa na Companhia de Jesus. Propondo-se missionar entre os indios e os escravos negros, estudou tupi-guarani e quimbundo (linguas dos escravos e dos indios locais).
 Foi ordenado sacerdote aos vinte e sete anos. Em 1641, sendo já um pregador prestigiado, regressou a Portugal e ao serviço do rei D. João IV envolveu-se directamente na actividade política.
Em 1652, Vieira partiu de novo para o Brasil, onde se deparou com revolta dos colonos contra a proteção da Companhia de Jesus aos Índios. A 13 de junho de 1654, o Padre António Vieira pregou o Sermão de Santo António (aos peixes), em S. Luís do Maranhão, partindo de seguida, para Portugal, em busca de “remédio para a salvação dos Índios”.
Em 1661, foi expulso do Maranhão, bem como os restantes jesuítas, embarcando à força para Lisboa.
Em 1665, Vieira foi preso pela Inquisição, sob a acusação de heresia, por acreditar nas profecias do Bandarra e vaticinar a ressurreição de D. João IV (falecido em 1656) para finalizar a concretização do sonho do Quinto Império. Apesar de todas as tentativas de defesa, foi condenado à reclusão numa casa jesuítica, em Coimbra e foi proibido de pregar.
Amnistiado em 1668, partiu para Roma, onde triunfou como diplomata e pregador, nomeadamente junto da rainha Cristina da Suécia, que vivia então em Roma, e junto da própria Cúria Papal, onde moveu influências contra a Inquisição, à qual a santa Sé pediu contas sobre o modo como estavam a ser julgados os cristãos-novos.
Morreu em 1697, com oitenta e nove anos de idade, dos quais cinquenta e um foram vividos em terras brasileiras.
Principais obras: Sermões (oratória, prosa); Cartas (epistolografia); Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo, Primeira e Segunda Vidas de El-Rei D. João IV (discurso profético); História do Futuro. Livro ante-primeiro (discurso profético); Clavis Prophetarum(discurso profético); Defesa perante o Tribunal do Santo Ofício (oratória).

 Retrato de Padre António vieira entre os índios

"Palavra e Utopia"
http://www.youtube.com/watch?v=LQW0UBEilk4

Estilo Barroco



Barroco é um termo que deriva do francês baroque e que permite fazer alusão a um movimento cultural e estilo artístico desenvolvido entre o século XVII e meados do século XVIII. Esse estilo abrangeu diversos ramos (a arquitetura, a pintura, a música, a literatura, etc.) e caracterizou-se pela ornamentação excessiva. O barroco, enquanto estilo predominante, sucedeu o renascimento e precedeu o neoclassicismo. Começou a tornar-se popular em Itália e propagou-se logo até ao resto da Europa. O conceito de barroco foi assim alcunhado pelos seus críticos e foi usado em princípio com sentido pejorativo para fazer alusão à desmedida e à irracionalidade desses artistas.



Características:

A arte da contrarreforma
A ideologia do Barroco é fornecida pela Contrarreforma. Em nenhuma outra época se produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais. As obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer, conquistar e impor admiração.

Forma tumultuosa
O estilo barroco apresenta forma conturbada, decorrente da tensão causada pela oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã. Daí a frequente utilização de antíteses, paradoxos e inversões, estabelecendo uma forma contraditória, dilemática. Além disso, a utilização de interrogações revela as incertezas do homem barroco frente ao seu período e a inversão de frases a sua tentativa na conciliação dos elementos opostos.

Conflito entre corpo e alma
O Renascimento definiu-se pela valorização do profano, pondo em voga o gosto pelas satisfações mundanas. Os intelectuais barrocos, no entanto, não alcançam tranquilidade agindo de acordo com essa filosofia. A influência da Contrarreforma fez com que houvesse oposição entre os ideais de vida eterna em contraposição com a vida terrena e do espírito em contraposição à carne. Na visão barroca, não há possibilidade de conciliar essas antíteses: ou se vive a vida sensualmente, ou se foge dos gozos humanos e se alcança a eternidade. A tensão de elementos contrários causa no artista uma profunda angústia: após arrojar-se nos prazeres mais radicais, ele se sente culpado e busca o perdão divino. Assim, ora ajoelha-se diante de Deus, ora celebra as delícias da vida.

Imagens: 
Moda 
Religião
 Video com imagens da arte e arquitectura do estilo barroco em Portugal:

Texto argumentativo



É um texto em que só não expomos uma ideia, uma opinião ou uma tese, mas a defendemos de modo a fazer com que os leitores a aceitem. Assim, um texto argumentativo tem a finalidade de convencer ou persuadir os outros de que determinada ideia esta correta é a acertada. 



Exemplo de texto argumentativo :