sexta-feira, 28 de março de 2014

Conferências Democráticas do Casino Lisbonense

O grupo de jovens intelectuais que se revoltaram contra Castilho na "Questão Coimbrã" juntou-se novamente após a conclusão dos cursos e formam o cenáculo.
No cenáculo nasceu o protejo das conferencias democráticas do Casino Lisbonense, uma consequência natural de discussões ideológicas que decorria durante reuniões.  
O principal objetivo das reuniões era reflectir acerca dos problemas responsáveis pelo estado de decadência do país e pelo seu afastamento em ralação a Europa culta. Tinham como objetivo colocar portugal a par da actualidade europeia, ligando-o ao "movimento moderno", agitando na opinião pública "as grandes questões da Filosofia e da Ciência Moderna" e estudando as "condições de transformação politica, económica e religiosa da sociedade portuguesa"
Em 1871, numa altura em que no panorama internacional decorriam inúmeros acontecimentos, como a Comuna de Paris, a unificação da Itália e as Guerras na Polónia e na Irlanda, surgiram As Conferencias Democráticas do Casino Lisbonense, que pretendia abordar temas muito diversificados.

Sequências de conferências:



































 As conferências foram interrompidas por ordem ministral do marquês  de Ávila e Bolama, onde se alegava que estas se tinham sustentado em "doutrinas e proposições que atacavam a religião e as instituições políticas do Estado".
Estavam ainda anunciadas as seguintes conferências, que espelhavam a pluralidade de temas que os seus mentores pretendiam abordar:

-Os Historiadores Críticos de Jesus, de Salomão Saraga;
-O socialismo, de Batalha Reis;
-A república, de Antero de Quental;
-A instrução Primária, de Adolfo Coelho;
- Dedução Positiva da Ideia Democrática, de Augusto Fushini.

Os conferencistas reagiram contra a proibição com um protesto público, com o qual se solidarizaram vários intelectuais, como Alexandre Herculano, que acudiram em defesa da liberdade de expressão.



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